Durante Seu ministério terreno, o Salvador fez um poderoso convite a todos nós: “Vem, segue-me”. Seguimos o Salvador andando no caminho do convênio. Estamos todos em diferentes estágios neste caminho.
Alguns de nós recentemente se juntaram à Igreja de Jesus Cristo através das águas do batismo e estão apenas começando o caminho. Outros têm seguido esse caminho há algum tempo.
Aqueles que já estão no caminho têm uma grande responsabilidade de ajudar aqueles que estão iniciando sua jornada no caminho do convênio.
Todos nós desempenhamos um papel importante em ajudar novos conversos a entrar no caminho
O batismo é o primeiro convênio que fazemos com o Salvador Jesus Cristo para voltarmos à Sua presença, mas não é o único. Depois do batismo, também precisamos nos preparar para fazer os convênios do templo e, então, perseverar até o fim. É uma longa jornada, e é nossa responsabilidade ajudar aos outros a chegar ao fim. Ao ajudarmos os outros, também nos fortaleceremos.
Em Morôni 6:4–6, lemos: “E depois de haverem sido recebidos pelo batismo, de haverem sido moldados e purificados pelo poder do Espírito Santo, eram contados com o povo da igreja de Cristo; e seus nomes eram registrados, para que fossem lembrados e nutridos pela boa palavra de Deus, a fim de mantê-los no caminho certo e mantêlos continuamente atentos à oração, confiando somente nos méritos de Cristo, autor e aperfeiçoador de sua fé.''
''E a igreja reunia-se frequentemente para jejuar e orar e para falar a respeito do bem-estar de suas almas.E reuniam-se frequentemente para partilhar o pão e o vinho, em lembrança do Senhor Jesus.”
Por meio desses versículos, aprendemos que frequentamos a igreja todos os domingos não apenas para tomar o sacramento, mas também para “para falar a respeito do bem-estar de suas almas”.

Lemos que “seus nomes eram registrados”. Por que seus nomes foram registrados? Eles foram registrados para que os membros se lembrassem deles, os alimentassem e cuidassem deles. Isso é especialmente importante para nossos recém-conversos. Cada pessoa é diferente e tem necessidades e expectativas diferentes. Precisamos ouvir com muita atenção nossos novos conversos para conhecê-los e conhecer suas necessidades. À medida que aprendermos mais sobre eles, saberemos como melhor ajudá-los em seu caminho de volta ao Pai Celestial.
Adoro a escritura encontrada em Doutrina e Convênios, seção 14, versículo 11: “E eis que tu és David e és chamado para ajudar; se fizeres isso e fores fiel, serás abençoado tanto espiritual como materialmente e grande será teu galardão. Amém.”Neste versículo eu aprendo que não precisamos de um chamado para servir, ajudar e amar recém-conversos. Somos todos chamados a “ajudar” e se o fizermos, seremos muito abençoados espiritualmente e temporalmente. Que grande promessa é esta!
Quando eu servia como presidente de ramo num Ramo de Jovens Adultos Solteiros na Flórida, tivemos um jovem que aprendeu sobre a Igreja através de missionárias e pouco depois foi batizado. Ele era o único membro da Igreja, e não tinha amigos na Igreja antes de conhecer as missionárias. No entanto, lembro-me que no dia de seu batismo, os outros membros do ramo o abraçaram e o amaram sem julgamento. Foi uma bela reunião batismal. Parecia que ele estava entre velhos amigos.
E isso aconteceu porque os membros do ramo o amavam e cuidavam dele mesmo antes de seu batismo. Eles participaram nas suas aulas missionárias com as Irmãs. Eles o convidaram a participar na Noite Familiar toda segunda-feira. Eles se certificaram de que ele fosse matriculado e frequentasse o Instituto todas as semanas. Depois que ele foi batizado, eles tiveram tempo para ajudá-lo a preparar um nome e levá-lo ao templo e realizar o batismo pelos seu antepassado. Todas essas interações ocorreram de forma normal e natural, e ele sentiu que era ali que pertencia.

Isso foi resultado de um esforço combinado de todos os membros do ramo e dos missionários de tempo integral, pois todos nós somos “chamados a ajudar.” O Evangelho é simples. Só precisamos amar uns aos outros como o Salvador nos mostrou. O amor acontece quando ministramos um a um. Não precisamos e não devemos esperar pelo batismo de alguém para o amar e ministrar. Nós amamos, compartilhamos e convidamos todos a participar e se juntar a nós na jornada pelo caminho do convênio, sejam eles membros ou não.
Durante a Conferência Geral de Outubro de 2021, o Élder Bednar ensinou: “Esses conversos estavam ansiosos por aprender e servir, estavam dispostos, embora muitas vezes se sentissem inseguros quanto a deixar de lado velhos hábitos e fortes tradições, mas, ainda assim, sentiam-se alegres por terem se tornado ‘concidadãos dos santos e da família de Deus.’”
Ele continuou: “Nosso propósito ao compartilhar o evangelho é convidar todas as pessoas a se achegar a Jesus Cristo, a receber as bênçãos do evangelho restaurado e perseverar até o fim por meio da fé no Salvador. Os objetivos principais da pregação do evangelho são ajudar as pessoas a vivenciar uma vigorosa mudança de coração e ajudá-las a se comprometer com o Senhor por meio de convênios e ordenanças sagrados.”
É uma bênção, um privilégio, e uma responsabilidade para cada um de nós fazer parte deste maravilhoso trabalho. Todos nós desempenhamos um papel importante em ajudar novos conversos a entrar no caminho do convênio e aceitar o convite do Salvador “Vem, segue-me”.